sexta-feira, 24 de maio de 2013

RESENHA - RAUL - O INÍCIO, O FIM E O MEIO



Nota: 8,0

Há algum tempo ouvi falar sobre o documentário “Raul – O Início, O Fim e o Meio”, lançado ano passado, porém só tive oportunidade de assisti-lo no Youtube pouco tempo atrás.
O filme tem pouco mais de duas horas de duração e conta através dos parceiros musicais e parceiras afetivas de Raul Seixas, sua história pessoal e musical.

Como o título sugere vemos desde Raul ainda garoto se interessando por Elvis Presley e músicos do Nordeste, passando por gravações precárias do cantor ainda criança, já anunciando sua paixão por rock n’ roll. Seu visual também era totalmente inspirado no rei do rock, com indumentária igual e topete impecável.

Sua primeira banda de destaque, como se sabe, foi Raulzito e os Panteras, que logo ganhou destaque no seu estado natal, a Bahia, após se transferindo para São Paulo, Raul trabalhou como produtor musical durante algum tempo, porém na primeira oportunidade que teve gravou seu primeiro disco. Ao lado de Edy Star, Miriam Batucada e Sérgio Sampaio lançou em 1971: “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez” que já dava sinais do que viria a seguir na carreira do baiano.

Porém foi com o lançamento de “Krig-Ha, Bandolo!”, 1973 que o cara mostraria a que veio, com hits do naipe de “Mosca Na Sopa”, “Metamorfose Ambulante” e a belíssima “Ouro De Tolo”. Hoje em dia, o álbum é tido como um dos melhores da história da música brasileira. Fundindo rock com baião, Raul fez um som original, diferente do que vinha sendo produzido na época.

Com relação à vida pessoal, o filme mostra Raul de verdade, sem se mostrar chapa branca em nenhum momento, relatando como ele era um cara extremamente carismático, mas acumulava relações afetivas complexas, que acabaram por afastá-lo de suas três filhas. As ex-parceiras demonstram muito carinho e afeto por Raul, mesmo com as relações conturbadas e traições, ele era um cara gentil e atencioso.

O filme trata também dos conhecidos e contínuos problemas de Raul com álcool e seu envolvimento com outras drogas, fala também de seu envolvimento com seitas satânicas que adoravam a obra de Aleister Crowley. Interessante notar essa parte mais sombria da vida do cantor.

Através dos depoimentos, vemos a evolução da carreira de Raul até seu auge, passando por famosos parceiros como Jay Vaquer, Cláudio Roberto e Edy Star, além de depoimentos de Caetano Veloso, Nelson Motta, entre outros e acompanhamos a reviravolta que se deu em meados dos anos 80, quando Raul experimentou o gosto amargo de insucessos e o abandono por parte das gravadoras e televisões, só retornando aos palcos já no fim da vida, bastante debilitado devido ao alcoolismo ao lado do também baiano Marcelo Nova. Ao lado do novo parceiro e fã, fez mais de 50 shows, o que levanta uma discussão entre os entrevistados sobre as reais intenções de Marcelo com Raul, de modo que alguns o acusaram de explorar a imagem desse em prol de sua turnê e outros questionaram até se ele teria condições físicas de ter feito aquela turnê. O fato é que os shows deram uma sobrevida à carreira de Raul.

O filme segue a risca o título e refaz os últimos passos de Raul no apartamento em que ele faleceu em 1989, com depoimentos de sua empregada, Marta e do porteiro que ajudou o músico a subir no elevador de tão debilitado que o mesmo estava.

Apesar de longo, o documentário mostra todas as fases da vida do Maluco Beleza, passando pela sua vida pessoal e artística, com depoimentos daqueles que passaram diretamente pela sua vida e fizeram parte de sua história. Além disso, Raul aparece como um ser humano, com falhas e defeitos, e não como um herói inatingível como muitas vezes tentamos pintar nossos ídolos.

Vale como registro definitivo da vida e obra deste que foi, sem dúvida, um dos maiores artistas nascidos na nossa terra.



David Oaski



quinta-feira, 23 de maio de 2013

DÚVIDA ETERNA



A ideia de vida eterna persegue o ser humano desde seus primórdios, pois assim como a crença em divindades, os povos e religiões mantém sua fé característica no que diz respeito ao assunto.

Por um lado é tentador pensar em viver para todo o sempre, com todo tempo do mundo para se fazer o que quisesse, sem qualquer receio. Além disso, não haveria mais porque alimentar medos e anseios e se perderia menos tempo com trabalhos cansativos e futilidades.

No entanto quando se analisa friamente a questão é impossível não pensar em como seria duro ver todos seus amigos e entes queridos partirem e ser tomado pela dor da solidão.

Pode-se dizer também que a vida eterna traria uma certa empáfia aos seus contemplados, já que tendo a dádiva do tempo em mãos, o individuo poderia se corromper diante de tal poder.

Atualmente ainda existem religiões que acreditam que depois das pessoas morrerem vão para o paraíso e são felizes para sempre, porém é curioso notar que muitas dessas, doutrinam seus fiéis cultivando uma espécie de troca de interesses, ou seja, pratique o bem e seja salvo, não seria melhor fazer o bem simplesmente porque é o certo?

Se existe ou não vida eterna é impossível saber, mas são essas dúvidas que alimentam a humanidade e a faz evoluir.


David Oaski

segunda-feira, 20 de maio de 2013

RESENHA: SHOW TITÃS - ANIVERSÁRIO DE BERTIOGA - 17/05/2013



Nota: 10,0

Mal conhecia Bertioga antes do show. Apesar de ser uma cidade vizinha da minha, eu nunca tinha tido oportunidade, tampouco curiosidade em desbravar o município, porém com o anúncio do show dos Titãs como parte das festividades para comemoração do aniversário da cidade o momento chegara, eis um excelente motivo para conhecer uma cidade, um show de rock.

Cheguei ao local – uma tenda para eventos montada ao lado da praia – e o mestre de cerimônias já anunciou que em 10 minutos a banda subiria ao palco. O público, ao contrário do que eu imaginava, não era composto por adolescentes funkeiros, mas sim por um pessoal que conhecia a banda e estava lá pra assistir ao concerto e não pra tumultuar.

A banda subiu ao palco por volta de 21:00h, abrindo o show com o rock n’ roll “Lugar Nenhum”, já dando uma amostra do que veríamos nos próximos 90 minutos. Chamou atenção logo de cara, que só estavam no palco os Titãs, sem nenhum músico adicional, além do batera. Eram os quatro monstros no palco: Paulo Miklos nos vocais e guitarra; Branco Melo nos vocais e contrabaixo; Sérgio Britto no teclado, contrabaixo (em algumas canções que Branco cantou) e vocais; e Tony Bellotto esmerilhando na guitarra, havia também o músico contratado que tem tocado bateria com a banda desde a saída de Charles Gavin em 2010, Mário Fabre.
Os heróis no palco

O repertório não podia ser melhor, aliás isso não é difícil quando se trata de uma banda com 30 anos de carreira e uma infinidade de hinos e canções que marcaram gerações. Rolaram as pauleiras clássicas: “AA UU”, “Polícia”, “Bichos Escrotos”, “Diversão” e “Cabeça Dinossauro”; as também clássicas “Flores”, “Comida”, “Televisão”, “Sonífera Ilha”, “Homem Primata” e a inesperada e surpreendente (pelo menos pra mim) “O Pulso”, com Branco Melo nos vocais; rolaram também as baladas inconfundíveis e cantadas em uníssono por todos: “Epitáfio”, “Pra Dizer Adeus” e “É Preciso Saber Viver”; rolou também uma “homenagem” aos políticos através da recente “Vossa Excelência”. Teve espaço até para o lançamento mundial – palavras de Paulo Miklos – de três músicas novas “Terra a Vista” (Branco Melo canta), “Fala Renata” (Sérgio Britto canta) e “Baião de Dois” (nome provisório – Paulo Miklos canta).

Vale ressaltar a energia e vitalidade da banda, confesso que por ser um show aberto e gratuito, eles poderiam tocar no ‘automático’, mas não foi o que se viu, os caras pareciam garotos e todos interagiam com a plateia e mostraram que a paixão em subir a um palco continua a mesma.

Apesar da decepção que foi o disco mais recente da banda, “Sacos Plásticos”, de 2009, os Titãs mostraram que a chama continua acesa, sendo que as três canções novas tocadas remetem ao peso que a banda tinha em boa parte dos anos 80 e primeira metade da década de 90, talvez estejam contaminados e energizados pela turnê comemorativa do “Cabeça Dinossauro” que rodou o país.

Enfim, o Titãs é, sem dúvida, uma das três maiores bandas do Brasil e na minha opinião, a que possui um repertório mais interessante, pois tratam-se de vários compositores trabalhando em conjunto, o que proporciona uma diversidade criativa e sonora única. Quanto ao show, foi emocionante para um fã como eu, ver pela primeira vez os caras de perto, tocando com aquela energia.

Longa vida aos Titãs!



David Oaski




sexta-feira, 17 de maio de 2013

A NOVIDADE QUE VALE A PENA: MADRENEGRA



Houve um tempo no rock nacional que as bandas trabalhavam em suas letras e faziam questão de passar uma mensagem em suas canções, fossem elas de protesto, de amor ou diversão, sendo que as principais bandas usavam uma linguagem adulta, que ia além de rimar amor com dor. Esse é o grande problema da maior parte dos representantes do rock nacional atualmente, ele foi infantilizado pela geração de nomes como Fresno e NX Zero.

A banda brasiliense Madrenegra surge na contramão de seus contemporâneos, como uma antítese do discurso adolescente de shopping que ouvimos na rádio. Marcelo Marcelino: vocais; Nicko Roriz: baixo; Leandro Mathiolle: bateria; e Dervan Soares: guitarram fundaram a banda em 2011, na periferia da capital nacional, terra de bandas clássicas do Brasil, como Plebe Rude, Legião Urbana e Capital Inicial. Os caras realmente incorporam o discurso de seus antecessores, talvez seja a proximidade do congresso que desperte a ira das bandas da região, afinal de perto o contraste social deve ser muito mais nítido.
Capa do EP da banda

Até o momento, a Madrenegra lançou um EP intitulado “Todo Sonhador É Viciado Em Esperança”, de 2012, com quatro músicas que expressam revolta e protesto através de melodias pesadas que remetem às bandas que misturam rock com rap, como Rage Against The Machine e todo o movimento new metal. As quatro faixas que incluem a faixa título, “Malandro Voador”, “Sorria Pra Entender A Ironia” e “Coração de Plástico” que são bons cartões de visita do que a banda tem a dizer. As melodias de guitarra são pesadas, com riffs rápidos e peso constante, a cozinha também é bastante entrosada, garantindo um bom entorno para os vocais de Marcelo, soltando frases de efeito que bradam contra uma sociedade doente.

É muito salutar para o rock nacional que bandas com os ideais como os da Madrenegra ganhem cada vez mais espaço, nem que seja em festivais e nas redes sociais, pois remete a um rock com conteúdo, que faz pensar, que põe o dedo nas feridas da sociedade, contestando, questionando e protestando sempre que necessário. São cada vez mais escassas as bandas que carregam consigo uma ideologia, o que gera uma série de grupos sem essência que até podem acertar a mão em uma ou outra composição, mas com conteúdo raso nada dura, entra por um ouvido e sai pelo outro.

Por bandas de rock que tenham o que dizer.






David Oaski

quarta-feira, 15 de maio de 2013

ANOS 90 - ROCK NACIONAL



Passada a sensação dos anos 80, em que o rock era em questões comerciais o equivalente ao que é o sertanejo universitário hoje, a década de 90 começou com vacas magras para o rock nacional. Poucas bandas tiveram gás pra seguirem lançando bons discos e mesmo estas tiveram que lutar com a ascensão dos pagodes, axés e lambadas da vida.

Chico Science & Nação Zumbi
Bandas como Paralamas do Sucesso e Legião Urbana seguiram fazendo sucesso e obtendo boa repercussão com seus discos após a década de ouro do rock; outras rumaram para um lado mais alternativo, nunca deixando de fazer shows, mas chamando atenção de uma cena mais underground do que num momento anterior, esse era o caso dos Titãs e Ira, por exemplo; outras bandas simplesmente se perderam diante do sucesso, como o caso clássico do RPM; além dessas haviam também as bandas surgidas no final dos anos 80, que apesar de talentosas, não demonstravam força ou carisma para continuar o sucesso de seus antecessores, como o Biquini Cavadão, Hojerizah e Heróis da Resistência. Vale a pena considerar também, que como todo movimento de sucesso na história da música, era óbvio que aquela maré de sucesso absoluto no rock nacional uma hora perderia força, e foi o que aconteceu nos idos de 1989, 1990.

Tudo indicava que o rock não teria o mesmo ímpeto da década que se encerrava, mas não é que diversas bandas surgiram Brasil afora e, apesar de não ter o mesmo espaço, foram cavando seu lugar na música brasileira e sem pedir aprovação a ninguém se consolidaram no mercado e cativaram o público.
Skank com visual de gosto duvidoso, típico da época

Vindos de Minas Gerais, Pato Fú, Jota Quest, Skank e Sepultura; de Brasília, Rumbora, Raimundos e Natiruts; do Rio de Janeiro, Planet Hemp, O Rappa e Los Hermanos; de São Paulo, Mamonas Assassinas e Charlie Brown Jr; e de Recife, Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, foram os principais destaques.

Os malucos do Raimundos
Muito se fala do talento e poesia da geração dos anos 80, principalmente na figura dos dinossauros Titãs, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso e Legião Urbana, cujo eram e são até hoje grandes bandas, mas pouco se fala sobre como o momento era favorável ao rock e sobre quanta porcaria surgiu na onda daquelas sete, oito bandas ótimas. Realmente, há de se convir  que o período foi muito fértil, mas os herdeiros dessa geração também foram muito competentes e mesmo sem o mesmo espaço em termos comerciais tiveram grandes êxitos, mesmo assim são rotineiramente subestimados.

Os anos 90 tiveram a sacanagem e tiradas sensacionais dos Raimundos, fundindo rock e ritmos nordestinos (principalmente no primeiro álbum); a fusão com rap e o discurso afiado a favor da liberação da maconha com o Planet Hemp; o reggae rock com ótima letras de Marcelo Yuka do Rappa; o ska, que depois viria a se aproximar da MPB do Los Hermanos; o bom humor dos Mamonas Assassinas; e o talento indiscutível e criatividade de Chico Science, que ao lado da Nação Zumbi fez uma coisa única e extremamente original dentro da música brasileira, fundando o movimento manguebeat; e o talento pop certeiro do Skank, no início com muita influência de ritmos jamaicanos, depois flertando mais com Beatles e rock inglês.

Enfim, são bandas pra todos os gostos, que assim como seus antecessores marcaram época e atravessaram gerações. Deve-se muito respeito e consideração ao rock nacional dos anos 80, mas os anos 90 indiscutivelmente também tiveram seus méritos.



David Oaski




segunda-feira, 13 de maio de 2013

DISPOSIÇÃO



Tic, tac, tic, tac...Carlos está transando com sua namorada Mara, seu coração está acelerado, ele está preste a explodir em prazer. O tempo voa.

Um flash, um estalo.

Carlos está no seu trabalho. Tic...Tac...Tic...Tac, o relógio teima em não andar, o tempo passa lento. Lhe surge a reflexão de como o tempo passa devagar quando estamos fazendo algo que detestamos e passa mais do que veloz quando fazemos algo que gostamos.

Ele se questiona se tem feito coisas divertidas o suficiente, se podia se divertir mais, mas se conforma que a vida adulta é realmente chata a maior parte do tempo e o máximo que se pode fazer é lutar para que hajam momentos que façam valer todo o marasmo e morgação do dia-a-dia.

Carlos não é um junkie sedentário, mas também não deixa de se divertir. Gosta de beber e come bem quando pode e sempre tem duas ou três gatas na manga pra saciar seus desejos jovens e rebeldes do auge dos seus 25 anos.

Seu chefe é um cuzão e Carlos nunca teve um trampo do qual gostasse, mas ele se conforma e não fica ressaltando isso o tempo todo, vai a luta e faz o que tem que ser feito. Ao invés de ficar reclamando do destino ou se fazendo de vítima das circunstâncias ele prefere estudar e tomar atitudes que façam sua vida mudar.

Carlos é um cara legal. Tem anseios, medos, dúvidas, mas sabe se divertir, apreciar a família, amigos e o principal, tem discernimento e não sai igual um papagaio reproduzindo as crônicas que disseram que eram do Arnaldo Jabor numa rede social.

Se toda sua geração fosse como ele, poderíamos ter muito mais fé no futuro.



David Oaski

quarta-feira, 8 de maio de 2013

NÃO FIQUE DOENTE



É comum ao abrir o noticiário e ver diversas matérias sobre como o Brasil vem evoluindo economicamente e já é uma das nações mais fortes do mundo, porém é curioso notar que não se vê essa força refletida em pilares da sociedade, como é o caso da saúde que se encontra completamente sucateada, com estrutura defasada e condições precárias incapazes de fornecer assistência digna ao cidadão.

Essa mesma economia emergente que ganha destaque cada vez maior na mídia internacional não consegue suprir as necessidades de saúde da população. Sabe-se que ao ficar doente independente dos sintomas, a pessoa fica mais frágil, muitas vezes não só fisicamente, mas também psicologicamente, como nos casos de enfermidades mais graves. Dessa forma, diante de tantas adversidades o quadro clínico do paciente tende a se agravar ainda mais.

Enumerando os problemas do sistema de saúde público no Brasil, nota-se o quanto o país está atrasado em relação aos países do dito primeiro mundo, que sequer tem planos de saúde, de tão eficiente que é o atendimento aos enfermos.

Portanto, é preciso que os milhões investidos em saúde anualmente pelo governo federal se transformem em melhorias consideráveis na estrutura de saúde, indústria farmacêutica e afins. Caso contrário, pague um bom plano de saúde ou reze para não ficar doente.



David Oaski

segunda-feira, 6 de maio de 2013

25


“Tenho 25 anos de sonho, de sangue e de América do Sul”, já dizia a antiga e ótima canção do Belchior. 25 anos de vida seria o equivalente a bodas de prata num casamento, bem, não deixa de ser uma relação, de mim comigo mesmo, relação conturbada essa, devo confessar.

Apesar dos pesares, são 25 anos bem vividos e com experiências das mais diversas, das mais divertidas às mais traumáticas, aprendendo, não aprendendo, errando e não aprendendo com os erros, evoluindo, teimando, questionando, se divertindo, ficando paranoico, enfim, humano.

Gosto de quem sou e de como penso, do que me tornei, creio que seja alguém de quem meus pais possam se orgulhar e isso já me basta. Quero mais. Tenho sonhos. Mas como diz aquele ditado ‘só de caminhar já venceu.’

Sigo com fé e determinação de que as coisas vão melhorar e senão melhorarem vamos morrer tentando.

Parabéns pra mim!



David Oaski

sexta-feira, 3 de maio de 2013

EVACUAÇÃO / REVIRAVOLTA



Evacuação

Hora de evacuar os maus sentimentos já que nosso tempo por aqui é curto
Agora vamos pensar em ser felizes
Limar aqueles que não fazem bem das nossas vidas até que se isolem completamente e tenham que viver entre seus pares
Não se irritar com absolutamente nada supérfluo e não se incomodar com o sucesso alheio já que sabe que o outro merece tanto quanto você
Sentir a cada dia na hora de dormir a sensação de dever cumprido
Saber que a cada minuto sua existência está sendo plena e que no fim você olhará pra trás e tudo terá valido a pena
Cada sorriso dado e retribuído, cada belo gesto compartilhado e cada boa ação que foi feita foi realmente o gesto correto

Reviravolta

Toda essa angústia que te corrói
Faz com que você não consiga mais pensar direito, tudo parece errado aos seus olhos
Nada mais te agrada
Quer socar a todos, mas não soca
Esse aperto que se estacionou no seu peito te traz medo e um certo prazer que hedonista nenhum botaria defeito
Hora de transformar tudo isso em combustível
Por você e mais ninguém!
Lutar pela sua vida e por seus ideais
Se tiver parceiros na luta, ótimo! Senão lute sozinho, como homem!
Vá!



David Oaski